Blockchain é a tecnologia de transações de um futuro próximo
Mecanismo possibilita maior segurança e rapidez nas transações econômicas e de troca de informações via internet
Também conhecido como a primeira criptomoeda, o Bitcoin não é emitido por nenhum governo e não conta com um órgão regulador, o que faz com que sua utilização gere dúvidas e, para os mais leigos, seja questionada e evitada.
Contudo, sua praticidade e segurança fazem com que a moeda seja considerada o futuro das transações e alguns países já procuram meios de inserí-la em sua economia nos próximos anos – Japão e Rússia, por exemplo, já estudam uma maneira de implantar sua utilização o quanto antes.
Quando surgiu, o Bitcoin gerou uma necessidade iminente, requeria um mecanismo que registrasse as transações realizadas com a moeda e que não deixasse brechas para falsificações e golpes. Assim, surgia paralelamente a blockchain, tecnologia que mesmo sendo alvo de pesquisas há mais de décadas, ganhou força real como mecanismo fundamental para a evolução da nova moeda virtual.
A blockchain, ou “protocolo da confiança”, faz uso de uma rede global de dispositivos (computadores) para validar e registrar todo tipo de transação realizada com Bitcoin de maneira rápida e segura. É uma tecnologia que não necessita de um intermediário, um órgão terceiro que valide a transação. A complexidade do banco de dados que ela possui e a ligação entre seus usuários é que faz o trabalho de validação.
Milhões de usuários possuem em seus computadores uma cópia de uma base de registros e dados que reúnem todas as transações já realizadas com Bitcoin, por exemplo. Isso permite a atualização de saldo ou mesmo a efetivação de uma compra através da moeda.
Atualizada constantemente, a base de dados e registro fornece segurança e garantia das transações, pois é praticamente impossível ser burlada. Como há milhões de usuários, para que algo seja falsificado, grande parte dos milhões teria que sincronizar ações para um eventual golpe e, ainda assim, a ‘conta não fecharia’. Como apagar os outros milhões de usuários que ficaram com a base de dados real atualizada?
Hoje, a blockchain é utilizada com maior força no mercado de Bitcoin, mas a tecnologia ganhou força nos últimos anos e começa a ser estudada para atingir novos nichos. Atualmente, grandes bancos como Santander e Itaú estudam uma forma de utilizar a tecnologia com dinheiro real no futuro.
A tecnologia empregada pela blockchain é revolucionária e, num futuro não muito distante, vai transformar as relações entre as pessoas e a internet. As aplicações são variadas: bancos, coletor de impostos, validação de documentos – que atualmente é feita por cartórios - e até mesmo votação presidencial, por exemplo.
O que torna a blockchain o futuro das transações – não apenas financeiras, mas de troca de informações como um todo – é, entre outras qualidades, a confiança e segurança que ela proporciona. A tecnologia não possui um controlador único, ela é descentralizada de um administrador geral.
Quem controla as informações e preza pela segurança e assertividade das transações são seus próprios usuários da rede. As cópias de dados são públicas e abertas para quem quiser visualizar.
Tudo isso conflui para um mecanismo eficiente e seguro, sem a influência de grandes corporações que querem lucrar em cima dele. É uma tecnologia disponível, a espera somente de idéias e projetos que possam se beneficiar da segurança e confiabilidade da plataforma.
Cláudio Braghini é Diretor de Relacionamento e Negócios da Ertech Systems
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