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7 dicas para manter a saúde mental em dia

Dia Mundial da Saúde é convite para pensar no tema. 


Tão importante quanto a saúde física é a mental. Muitos estudos já foram feitos comprovando a ligação direta entre as duas e o impacto da saúde mental no corpo. Mesmo assim, por que ainda preterimos uma em detrimento de outra? Por que não dedicamos à nossa mente o mesmo esforço e tempo que despendemos para o corpo e forma física?

Dia 07 de abril é globalmente conhecido como o Dia Mundial da Saúde, uma data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientização acerca dos cuidados com corpo e mente. No entanto, sua comemoração é quase que inteiramente voltada para questões físicas. Por que?

No último relatório divulgado pela OMS em março de 2017, o Brasil figurou entre os países com maior índice de ansiedade e depressão, e isso é alarmante. “Há um senso comum de que saúde mental é um tema que supõe problema, de gente louca. Isso é mito e muito negativo. Por causa dessa máxima, muitas pessoas esperam o barco afundar para procurar ajuda quando na verdade, muito pode ser feito para evitar este quadro”, reforça Rui Brandão, fundador do Zenklub.

É importante desmistificar a imagem negativa sobre assuntos relacionados à saúde mental. Assim como exercícios físicos têm impactos positivos em questões cardiológicas, de circulação e ortopédicas, há muitos hábitos diários que podem reverberar de forma benéfica na saúde da nossa mente.

A psicóloga Lidiane Pontes*, cita sete hábitos simples que podem ser adotados para melhoria da saúde mental.

1. Evite fazer comparações sociais: Na prática, é se perceber único (a) na relação com o outro, nem mais, nem menos, nem melhor ou pior. A pessoa consciente da sua unicidade amplia a autorresponsabilidade e se compromete a transformar o próprio caos em ordem. Os nórmoticos que nos perdoem, mas, sair da caixinha é fundamental. As nossas diferenças nos convocam a algo que só é possível descobrir quando escolhemos exercitá-las.

2. Treine, identifique e avalie os pensamentos:
O que você pensa influencia o que você sente e faz. A questão é que, às vezes, o pensamento contém distorções, falhas cognitivas ou erros de lógica. Não aceite qualquer coisa que passe pela sua cabeça como sendo 100% verdadeira. Examine as evidências e verifique se o seu pensamento realmente condiz com a realidade a fim de responder, nas esferas emocional e comportamental, de uma forma mais adaptativa.

3. Foque na autocompaixão e não só na autoestima: Autoestima não é gostar de si. É cuidar de si para gostar de si. Já a habilidade de ser autocompassivo vai além da autoestima e pode ser treinada. A autocompaixão é o que nos permite enfrentar os desafios nos sentindo à altura deles. É a capacidade de valorizar o próprio tempo e presença, mesmo quando não se obtém o resultado pretendido.

4. Aprenda a manter-se conectado com a vida: A pessoa que sofre de depressão está totalmente desconectada com a vida, com suas belezas e mistérios. Mas, todos nós podemos nos desconectar, de forma parcial, em algum momento do dia. O estresse e ansiedade podem nos visitar sem interromper a conexão com a vida. Para isso, é preciso aprender a viver no entorno da dor ao invés de nos concentrarmos nela o tempo todo.

5. Pratique a flexibilidade: A flexibilidade cognitiva e comportamental, que parece representar a simples capacidade de mudar de opinião e de atitude, pode significar uma autotransformação maior. Flexibilidade significa trocar de lugar com aquele a quem julgamos “certo”, “errado”, “bom”, “mau”, “adequado”, “inadequado”. Significa desaprender conceitos e ir além dos que os outros pensam de você para atrever-se a ser quem realmente se é.

6. Expresse gratidão: Mérito é o exercício que fazemos para enxergar a graça. Tudo é graça: a experiência renovada a cada manhã, a dádiva de respirar, de realizar movimentos (no corpo e na alma), enxergar as cores, ouvir os sons, sentir os gostos e os abraços. Expressar gratidão e enxergar a graça é uma questão de percepção. Os nossos comportamentos relacionam-se mais com a forma como percebemos as situações (construção da realidade) do que com a realidade em si.

7. Aprenda a perdoar: “Não errasse o sol por toda a noite, como poderia ser o mundo iluminado a cada nova manhã? ” Rumi (1207-1273). O acerto e o erro são interagentes, faces de uma mesma moeda, dois aspectos diferentes da aprendizagem. Ambos são significativos na medida que têm algo a nos dizer. E cada experiência cotidiana pode estar comprometida em respeitar e incorporar esses dois fenômenos na busca pelo conhecimento mais profundo de si mesmo e do outro.

Lidiane completa dizendo que muita gente deixa a saúde mental de lado por preconceito (achar que é coisa de gente louca) ou por falta de tempo. “Debates e informações sobre os possíveis ganhos, habilidades e competências que as pessoas adquirem fazendo terapia precisam vir à tona. Além disso, tempo é questão de prioridade. O que você tem priorizado é realmente mais importante do que retomar ou manter o seu bem-estar e saúde mental? O que você seria capaz de realizar sem essas duas coisas? Há muitas ferramentas disponíveis para ajudar nesta questão. O Zenklub é um bom exemplo disso”, finaliza.

Sobre o Zenklub

O Zenklub é uma plataforma online que oferece sessões de terapia por vídeo-chamada, com o objetivo facilitar o acesso aos cuidados com a saúde mental. A startup brasileira foi criada em 2016, a partir da percepção do médico e CEO da empresa, Rui Brandão, de que o sistema médico estava mais focado em curar doenças do que em promover cuidados em relação à saúde mental. Em parceria com Tiago Curião, que também é sócio e programador, o Zenklub quer mudar, com o apoio da tecnologia, a maneira que as pessoas encaram a terapia e a importância da saúde mental.

O Zenklub tem atuação nacional com flexibilidade de horário e valores de sessões mais acessíveis, possibilitando ao interessado atendimentos personalizados, quando e onde a pessoa quiser.

*Lidiane Passos Pontes é psicóloga, graduada pela Universidade Veiga de Almeida, UVA-RJ, com formação em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Centro de Psicologia Aplicada e Formação, CPAF-RJ e pós-graduação em Gestão de Relações Humanas pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, PUC-GO. Atende pelo Zenklub e atua na compreensão e resolução de problemas relacionados ao comportamento humano, assim como, à cognição e às relações e tem foco clínico nas potencialidades do indivíduo. Seu perfil no Instagram: @livres.para.ser

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