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FAMBRAS Halal registra aumento de quase 12% na busca por certificações em 2016

Apesar de ainda prevalecer um maior interesse por certificação halal entre as indústrias alimentícias, os setores farmacêutico e de cosméticos já desperta para o potencial do mercado árabe


Primeira instituição certificadora Halal do Brasil em operação desde 1979, a FAMBRAS Halal registrou, em 2016, um aumento de 12% no número de certificações em comparação com 2015. “Até agora, todas as empresas que obtiveram a certificação no ano passado solicitaram a renovação e outras já nos procuraram para iniciar o processo”, avalia Dib Ahmad El Tarrass, Gestor de Desenvolvimento do Halal Industrial.

O interesse das indústrias alimentícias em exportar seus produtos para o mercado islâmico – tão promissor e crescente (ver quadro abaixo) – ainda é maior e se reflete no volume de pedidos por certificação. “Porém, há uma crescente procura dos setores farmacêutico e cosmético”, destaca o Gestor. “A FAMBRAS Halal certificou a fabricante de cosméticos Prolab e outras, como a Ajinomoto, Kin Master e Centroflora, que fornecem insumos para a indústria farmacêutica”.

Para El Tarrass, mais produtos com a certificação Halal devem ser vistos não só em processos de exportação para atender as demandas islâmicas, mas também, nas prateleiras dos supermercados brasileiros. “O produto considerado halal respeita premissas importantes tanto para o consumidor como para as empresas que zelam pela boa imagem e reputação de seus produtos. Isso envolve, entre outras questões, a utilização de matérias-primas, insumos e auxiliares de processo que não afetam a saúde humana; respeito a boas práticas fabris; uso equilibrado do solo e dos recursos naturais; proibição de uso de mão de obra escrava ou fabril; respeito aos níveis de agrotóxicos determinados pela legislação; abate de animais com humanismo; fornecimento de informações transparentes e prática de uma conduta comercial correta e justa nas negociações”.

Exportações para o mercado islâmico: números importantes

- Toda indústria que pretende exportar para o mercado islâmico precisa certificar seus produtos com o selo Halal. De acordo com dados e pesquisas da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, são 1,8 bilhão de muçulmanos economicamente ativos no mundo, uma economia que cresce mais rápido que a média mundial.

- Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Comércio e Investimentos (Apex-Brasil), em 2016, as exportações brasileiras para a Arábia Saudita, Emirados Árabes, Kuwait, Qatar, Bahrein e Omã totalizaram US $ 6,04 bilhões e as importações foram de US $ 2,66 bilhões;

- Ainda com base em informações da Apex-Brasil, somente para os Emirados Árabes Unidos, as exportações brasileiras em 2016 totalizaram US$ 2,23 bilhões e as importações US$ 366 milhões. Considerando apenas alimentos e bebidas, o total exportado em 2016 foi de US$ 3,93 bilhões, liderado pela carne de frango, açúcar e carne bovina;

- A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira divulgou que o Brasil tem 90% dos seus frigoríficos habilitados para produzir proteína animal halal e seus derivados. O país já figura como o maior exportador de carne para o mundo islâmico – apenas bovina e de frango, já que o consumo de suínos é proibido pelo Islam. O volume, entretanto, alcança apenas 20% da população muçulmana no mundo, de cerca de 1,8 bilhão de pessoas;

- A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou que, só em carne de frango, 45% do volume total da proteína embarcada pelo Brasil em 2015 foi halal, ou seja, 2,07 milhões de toneladas. O número representou crescimento de 12% em relação a 2014.

- A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) não separa dados entre produto halal e não halal. Divulgou em entrevista à imprensa que os países árabes, de religião majoritariamente muçulmana, já adquirem 24% de toda a carne bovina exportada pelo Brasil, resultando num faturamento de US$ 1,4 bilhão em 2015.

- Até setembro de 2016, conforme o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as exportações de carne bovina ao mundo árabe somaram US$ 3,37 bilhões. O Egito, com 90% da população muçulmana, é o principal mercado da região e um dos maiores do mundo para o Brasil, com importações de US$ 506,6 milhões de janeiro a setembro.

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