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Cicatriz de acne: alterações na textura da pele são comuns e requerem ajuda de dermatologista


Problema comum em peles que tiveram espinhas inflamadas por muito tempo, as cicatrizes de acne comprometem a estrutura da pele. Por isso, há alteração no relevo e na textura e a ajuda do dermatologista se faz necessária. Procedimento é eficaz ao estimular a regeneração e produção de novo colágeno

Alteração estética corriqueira, a acne pode deixar marcas mesmo após o tratamento. Isso acontece porque quando uma lesão inflamatória (acne) perdura por muito tempo, é comum o aparecimento de cicatrizes — outro problema estético da pele.

Como acontece — "As cicatrizes de acne invariavelmente são profundas, pois as glândulas das quais se originam as espinhas estão na derme profunda. Então, as fibras da pele têm sua arquitetura comprometida pelas espinhas", explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão, membro da Sociedade Brasileira de laser em Medicina e Cirurgia e da American Academy of Dermatology.

Alteração da textura da pele — De acordo com o dermatologista, as lesões podem evoluir deixando manchas ou cicatrizes na pele, que podem ser atróficas (uma das mais comuns, onde ocorre um afundamento e afinamento da pele) e hipertróficas (excesso de tecido cicatricial resultando em elevação com deformação da pele). "Elas são visíveis e mudam o relevo, comprometendo a textura da pele", comenta.

Como tratar — Para tratar as cicatrizes de acne atróficas, principalmente as mais profundas, é necessária a utilização de procedimentos como a radiofrequência microagulhada Eletroderme (da Plataforma Solon), que penetra profundamente na pele, promovendo coagulação, aquecimento e reorganização das fibras de colágeno (danificadas pela acne), segundo o médico. "As agulhas do Eletroderme ultrapassam a epiderme, emitindo ondas eletromagnéticas apenas nas camadas mais profundas da pele, preservando a superfície. Isso faz com que a temperatura da derme chegue até a 70ºC, estimulando a produção de colágeno e refazendo as fibras rompidas", explica o dermatologista.

Como age — A ação do Eletroderme provoca o estímulo da regeneração celular por meio do processo de cicatrização, a proliferação de células-tronco e estímulo da síntese de elastina, da neocolagênese (produção de colágeno) e angiogênese (proliferação de vasos sanquíneos). "Esta técnica pode ter ação até a derme média e, por possuir radiofrequência, realiza pontos de coagulação de efeito térmico", acrescenta. O equipamento pode ser ajustado para atingir temperaturas de 55ºC a 100ºC.

Sessões — Durante o procedimento, o paciente pode sentir leve aquecimento no local. Para que os resultados sejam satisfatórios, são necessárias, em média, três sessões com intervalos mensais, dependendo da resposta de cada paciente, segundo o dermatologista. "O pós-procedimento é tranquilo, a recuperação é muito rápida, bem como o retorno do paciente às atividades. Em 15 dias já é possível ver os primeiros resultados. Os finais aparecem após quatro meses", comenta.

Contraindicações — O procedimento é contraindicado para gestantes e pacientes com tendência à formação de queloide, e não deve ser feito em áreas do corpo com infecções.

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