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Somente o médico veterinário está apto a tratar doenças com fisioterapia em animais


Segundo o último senso do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizado em 2013, o Brasil ocupa a quarta posição em população de animais de estimação do mundo, com 132,4 milhões de pets. Nesse ano, o Brasil tinha acabado de ultrapassar a marca dos 200 milhões de habitantes.

Os números indicam que, de cada 100 brasileiros, 66 possuem um pet (cachorro, gato, peixe, entre outros). Isso prova que os animais estão cada vez mais presentes nos lares e se tornaram parte das famílias.

Mas, como qualquer membro da casa, os animais precisam de cuidados, tanto na alimentação, com dietas saudáveis, quanto na saúde, com vacinação periódica, banho, tosa, higiene, etc.

Assim como os humanos, os animais também podem se lesionar, seja em condições normais, como brincar, correr ou pular, por questão de doenças, hereditárias ou adquiridas, e até por conta da idade.

Para tratar dessas lesões, existem os médicos veterinários, que são especializados em fisiatria e fisioterapia animal. Criadas no Brasil em meados do ano 2000, as duas especialidades lidam com avaliação e tratamento de doentes cuja capacidade funcional esteja limitada.

Apesar de buscarem a reabilitação do paciente, a fisiatria e a fisioterapia animal diferem da humana, pois, para o tratamento dos cães, é necessária uma boa dose de criatividade. O profissional veterinário precisa adequar os exercícios para que os animais contraiam um músculo ou executem determinado movimento para se chegar ao fim desejado.

Para a médica veterinária Stella Sakata, especialista em fisiatria e fisioterapia para animais de pequeno porte, a vantagem que a medicina veterinária tem sobre a humana é o uso dos equipamentos, através dos quais é possível relaxar o animal, desinflamar a lesão, cicatrizar feridas, entre outros, evitando, na maioria das vezes, a utilização de medicamentos. Isso é fundamental, principalmente para pacientes com problemas renais ou hepáticos.

A fisioterapia é recomendada para o tratamento de problemas ortopédicos, como artrite, artrose, displasia coxofemoral e do cotovelo e luxação de patela, além de auxiliar no ganho de musculatura, na consolidação óssea, para a reabilitação pós-operatória de fraturas, reparo de tendões, ligamentos e amputações.

Também é utilizada para tratar hérnia de disco, dor na coluna, paralisia, síndrome vestibular e da cauda equina e doenças virais, bem como para controle da dor, redução de edemas, cicatrização de feridas, obesidade e doenças respiratórias.

Com sessões que duram entre 30 e 40 minutos, a fisioterapia pode prevenir e curar lesões causadas por atividades realizadas pelo animal, sempre agindo de forma não invasiva, o que mantém sua saúde e qualidade de vida por mais tempo. A recuperação leva, em média, entre 10 e 20 sessões. No caso de animais mais velhos, o tratamento deve ser contínuo, semanal.

Conheça algumas das tecnologias disponíveis para a fisioterapia animal:

A Radiofrequência é uma terapia que utiliza calor intenso, capaz de penetrar os tecidos. É utilizado no encurtamento e contratura muscular, na melhora na síntese de colágeno, para trabalhar alongamento e melhorar a estrutura da fibrose.

Muito utilizado na fisioterapia humana, o Ultrassom também é aplicado nos animais, principalmente nos pós-operatórios ortopédicos, com efeitos anti-inflamatórios e na reparação tecidual, promovendo a regeneração dos tecidos, com efeitos benéficos em processos inflamatórios articulares como nas artroses.

A Magnetoterapia pulsátil é um tratamento que utiliza os efeitos do campo magnético no corpo. Através de aparelhos, aplicam-se campos eletromagnéticos pulsáteis com frequências e intensidades diferentes, dependendo da necessidade do animal, com efeitos positivos, como relaxamento muscular geral, desinflamação, cicatrização, consolidação óssea, estímulo dos processos de regeneração de tecidos afetados e ativação do metabolismo celular.

A Laserterapia utiliza o Laser (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation – Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação) como instrumento para o alívio da dor. É uma terapia que utiliza a emissão de luz nos tecidos, atuando no sistema circulatório, linfático, nervoso e na cicatrização de feridas.

Alongamentos e que exercícios funcionais como um simples sentar e levantar podem ajudar no tratamento. No entanto, é preciso saber manipular e ficar atento para saber se o animal está com dor. Na dúvida, procure um médico veterinário. Somente ele está apto a utilizar a fisioterapia para cuidar do pet.

Se o cão teve uma queda e se machucou, deve-se aplicar gelo no local da lesão durante 15 minutos, quatro vezes ao dia, durante os cinco primeiros dias. Uma dica é fazer a compressa com gelo picado dentro de um saquinho de supermercado, não se esquecendo, é claro, de usar uma toalha para evitar queimaduras no animal.

No caso de dores na coluna, ou dores crônicas, utilizar bolsa de água quente por 15 a 20 minutos, uma ou duas vezes por dia, até que passe o incômodo. A dica é utilizar uma garrafa pet com água morna.

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