Desligamento do sinal analógico fomenta debates na SET Sul
Seminário realizado nessa semana na Universidade Positivo trouxe as principais tendências tecnológicas para a área audiovisual
O primeiro painel do seminário, na manhã do dia 6 de junho, analisou o futuro após o desligamento do sinal analógico, com a proposta de debater principalmente o período de 2018 até 2023 - quando o sinal analógico será desligado em todo o país.
Ivan Miranda, diretor de engenharia da RPC e diretor da Regional Sul da SET, foi um dos painelistas e expos as ações feitas no Paraná para atingir a meta de 97% de convertidos. “A comunicação do desligamento não pode gerar ruídos para a população, precisa ser clara e objetiva para que haja engajamento”, comentou. Miranda também falou da preocupação com o interior do Paraná, que terá seu desligamento somente em novembro de 2018, mas que representa grande parte do PIB do Estado, e da responsabilidade das emissoras. “Como meio de comunicação de massa, temos a responsabilidade levar sinal de qualidade para as pessoas mesmo com a complexidade do processo em municípios menores que não estão tão preparados para a mudança”, disse Miranda.
No segundo dia, Miranda foi moderador de um novo bate-papo, desta vez apresentando o case do desligamento no Paraná. Marcelo Dias Lopes, diretor de programação da RPC e coordenador do grupo de mídias da AERP (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná), foi um dos participantes e apresentou as ações que a RPC e demais emissoras estão fazendo. “O desafio não é só de uma área, nem de uma emissora apenas. Para não perder forças, temos feito um trabalho coordenado, com todos os canais de TV falando dos mesmos temas, com o objetivo de levar ao maior número de pessoas a informação necessária para que ninguém fique sem TV”, contou Lopes. Além disso, ressaltou a importância de informar as pessoas que têm direito a receber o kit digital, com antena, cabo e conversor. “Mesmo antes de começar a entrega, já estamos incentivando para que façam a consulta através do CPF ou NIS (Número de Identificação Social) e realizem o cadastro no site da Seja Digital em campanhas, eventos e ações comunitárias”, disse Lopes.
Realizado na Universidade Positivo, o SET Sul 2017 também teve um espaço preparado pela RPC com promotoras treinadas para atender telespectadores, tirar dúvidas e comparar a diferença de qualidade entre os sinais analógico e digital. O engenheiro de telecomunicações da RPC, Lucas Pellegrini, aposta na importância desse diálogo com o público. "As pessoas puderam ter a experiência de comparar os sinais e verificar a melhoria significativa na qualidade de som e imagem do digital. Estamos marcando presença em mais um evento relevante para o setor de tecnologia, que está em ascensão", explica.
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