Tiffany & Co. lança peças de edição limitada em parceria com artistas em NY
A consagrada marca de joalheria é patrocinadora do Whitney Bienal 2017, evento que reúne 63 coletivos e artistas individuais
Porcelana Shara Hughes Crédito - Divulgação |
Caixa Raul de Nieves/Crédito - Divulgação |
Case Ajay Kurian/Crédito - Divulgação |
Máscara Harold Mendez/Crédito - Divulgação |
Pingente Carrie Moyer/Crédito - Divulgação |
Os artistas selecionados Harold Mendez, Ajay Kurian, Raúl de Nieves, Carrie Moyer e Shara Hughes tiveram total liberdade na criação de suas peças. Harold Mendez reelaborou uma máscara de morte pré-colombiana com prata de lei Tiffany, que foi soldada em um recipiente com relevo e aplicada pátina furta-cor. “Eu queria fazer algo que fosse pequeno para que só uma pessoa pudesse olhar dentro, num momento íntimo”, explica o artista cuja prática referencia diferentes perspectivas culturais e o significado dos artefatos históricos.
Já o trabalho de Ajay Kurian, que se volta para a criação de esculturas que relacionam o desenvolvimento infantil com o mundo adulto, refletiu-se na concepção de dez cases para cartões comerciais, confeccionados em prata de lei com um estereograma personalizado. A palavra “psycho”, psicopata em português, pode ser encontrada escrita em uma referência ao filme de 2001, American Psycho, estrelado por Christian Bale. “Acredito que o que tento fazer com a arte é criar meu público, é meu papel pensar nele, mesmo que ele não exista necessariamente”, explana Kurian.
A artista e ativista Carrie Moyer produziu um pingente de prata esterlina com características que aparecem em suas obras, como o pontilhismo. “Esse pingente tem um formato de uma flor gráfica, quase como uma logo ou um decalque. Portanto, é contemporâneo e, ao mesmo tempo, remonta aos anos 1960 e 1970”, detalha a artista que costuma começar seu processo de criação colando papel cortado antes de passar para os trabalhos acrílicos.
Usando como base uma caixa de prata esterlina, o artista multimídia e músico Raúl de Nieves contou com o apoio de um mestre gravador da Tiffany para refletir um tema que aparece muito em sua obra. Na imagem, dois personagens apresentam uma criança ao mundo, representando novos começos, generosidade e também os desafios emocionais da vida. “Essa imagem me lembra que a alegria é uma das melhores coisas que podemos experimentar na vida. Assim como chorar pode ser uma das coisas mais lindas e alegres que um humano pode fazer”, exprime de Nieves.
A artista Shara Hughes optou por customizar uma série de jarros da porcelana de osso da Tiffany com pinturas à mão que remetem à paisagens fantásticas. “O formato orgânico dos jarros me chamou a atenção. A superfície branca para mim foi como uma tela cheia de possibilidades”, explica Hughes.
Todos eles irão compor suas vitrines na loja mais famosa da marca, a flagship store, na 5ª Avenida, de modo que a exposição das peças converse com as criações. As produções podem ser adquiridas na loja e no Whitney Museum of American Art.
SOBRE O MUSEU
Idealizado pela escultora – e depois patrona da arte americana – Gertrude Vanderbilt Whitney’s, o Whitney Museum of American Art foi criado como uma solução à falta de espaço para os artistas exibirem arte vanguardista no início do século 20. Em 1914, Whitney fundou o Whitney Studio na Greenwich Village, vizinhança localizada em Manhattan, onde artistas desprezados pela Academia puderam expor seus trabalhos. Em 1929, o acervo, que chegava a mais de 500 obras, foi oferecido ao Metropolitan Museum of Art e, em seguida, recusado. Então, no ano seguinte, a escultora fundou o Whitney Museum of American Art, que iniciou suas atividades em 1931 na mesma vizinhança do Studio, fomentando a produção cultural americana.
Com o passar do tempo, o acervo do museu foi ficando cada vez maior, o que provocou três mudanças de endereço. A última foi em 2015, quando abriu as suas portas em 99 Gansevoort Street. O Whitney é o primeiro museu a transcender suas barreiras físicas e ter ramificações em diversas partes de Nova Iorque. Atualmente, conta com mais de 22 mil obras submetidas por mais de três mil artistas durante os séculos 20 e 21.
TIFFANY E A ARTE
A história da conceituada marca de joalheria Tiffany & Co. está intimamente conectada com a arte desde sua criação, em 1837. O seu idealizador, Charles Lewis Tiffany, foi um dos fundadores da Sociedade de Belas Artes de Nova Iorque, assim como um dos primeiros curadores do Metropolitan Museum of Art. A paixão pela arte foi passada para o filho, designer e joalheiro pioneiro da art noveau americana. A Tiffany continua o seu trabalho de apoiar a arte, patrocinando as três próximas Whitney Biennials até 2021.
Para os interessados em conferir as lindas peças da Tiffany&Co., a loja da marca no Sul está localizada no primeiro piso do Pátio Batel.
SERVIÇO:
Whitney Bienal 2017
DATA: 17/03 a 11/06
LOCAL: The Whitney Museum of American Art. 99 Gansevoort Street – Nova Iorque, NY 10014
SITE: http://whitney.org/
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