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Especialista em comportamento canino dá dicas de como tornar harmoniosa a convivência entre cães e bebês recém-nascidos


A convivência diária de forma harmoniosa entre cães e bebês faz com que os vínculos afetivos se estreitem e o apego psicológico e emocional fiquem cada dia mais fortalecidos.O laço emocional e afetivo entre cães e humanos é baseado principalmente na troca de olhar e expressão corporal. Devido a essa demonstração de afeto, tanto o organismo do bebê quanto o dos cães irá reagir aos estímulos, liberando o hormônio chamado oxitocina, mais conhecido como “hormônio do amor”.

Para o especialista em comportamento canino, Ricardo Tamborini, um cão de temperamento equilibrado e muito bem-educado, naturalmente vai respeitar a chegada do mais novo membro da família de forma natural e tranquila.Por outro lado, um cão extremamente agitado ou dominante não verá com bons olhos a chegada do bebê. “A mudança na rotina da casa e no comportamento dos donos, que passarão a ficar muito tempo com a criança, pode fazer com que o cão fique bem ciumento, demonstrando outros tipos de comportamento, tais como destruir objetos da casa, urinar ou defecar em locais errados, latir em demasia e, em alguns casos,podem apresentar sinais de agressividade”, explica.

Comportamento durante a gravidez

Os cães têm uma capacidade olfativa infinitamente maior comparada aos seres humanos. Uma mulher, já nas primeiras semanas de gravidez, apresenta alterações hormonais que irão influenciar no seu cheiro e, posteriormente, no seu humor e comportamento. O cão vai perceber que algo diferente está acontecendo, antes mesmo que ela saiba que está grávida.

Instintivamente, o cão reage de acordo com a energia do ambiente e dos donos. Embora o animal não tenha a capacidade de compreender o que realmente está ocorrendo, todas essas mudanças fazem com que ele reaja de acordo com os estímulos que o cerca. Uma mulher grávida fica mais sentimental e normalmente mais sensível, demonstrando essas mudanças na sua forma de falar e agir. Aquele cão, que já era bastante apegado a ela, fica ainda mais interessado em acompanhá-la, aonde ela estiver, demonstrando mais carinho e afeto do que o normal, pois está vendo a sua dona apresentar um comportamento bem diferente do que está acostumado.

Cuidados com o bebê recém-nascido

O bebê recém-nascido não está totalmente imune a doenças. Por isso, é importante adotar cuidados básicos de higiene, evitando, no início, que o cão fique lambendo a criança. Depois de um tempo, a convivência entre eles pode acorrer de forma saudável e harmoniosa.

Aspectos positivos

Tamborini lembra que, na maioria dos casos, crianças que gostam de animais serão bons pais e boas mães no futuro. “Por isso, é importante que elas cresçam tendo contato, cuidando e,de certa forma, participando na educação do cão. Isso ajuda em sua formação psicológica, desenvolvendo o instinto de cuidar e proteger o animal”, declara.

Estudos comprovaram que cães podem beneficiar os bebês, aumentando sua imunidade contra problemas respiratórios e infecções. O que acontece é que os cães levam germes e bactérias para dentro da casa através dos pelos, o que acelera o amadurecimento do sistema imunológico e de defesa das crianças.

Para que as mudanças da rotina sejam benéficas para o cão, é importante mantê-lo sempre ocupado. Colocar novos brinquedos, sem pegar os da criança, manter a rotina diária de passeios e atividades físicas e não se esquecer de continuar dando bastante carinho e atenção a ele são formas de tornar a convivência com o bebê harmoniosa e não despertar o ciúme no animal.

Aspectos negativos

Um cão muito agitado e desobediente pode machucar a criança, pulando em cima dela, roubando algum tipo de alimento de sua mão, assustando-a com latidos ou até mordendo, caso ela queira lhe tirar um brinquedo ou comida da boca. Por isso, é sempre importante supervisionar quando cães e crianças estão juntos.

A dica do especialista é ficar atento às atitudes do cão e tomar muito cuidado para não deixar de lhe dar atenção devido à chegada de um novo membro na família. “Os cães podem sentir solidão, carência e sofrer de depressão, além de tornarem-se extremamente ciumentos e começarem a demonstrar sinais de agressividade por conta de tantas mudanças inadequadas”, lembra Tamborini.

Ricardo Tamborini é adestrador e especialista em comportamento canino
www.ricardotamborini.com.br

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