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Déficit de Aprendizagem: saiba quando as crianças precisam de ajuda


O início da vivência escolar é um período marcado por profundas mudanças na vida das crianças. É neste momento que o mundo das letras e dos números, além de uma infinidade de descobertas acontecem. Porém, nem sempre as crianças se adaptam plenamente a este novo universo. A psicóloga infantil do Espaço Original, Silvana Braz Guilherme afirma que, geralmente, são nos primeiros anos da vida escolar que as crianças apresentam dificuldades no processo de escolarização, que se não diagnosticadas e tratadas, podem acarretar em diversos problemas futuros.

A profissional explica que os sinais do problema normalmente são observados pelos professores e se tornam mais evidente no período de alfabetização. “Geralmente vem com as queixas escolares. Os professores pontuam que as crianças não prestam atenção, não param na cadeira, “vivem no mundo da lua”, têm problemas de comportamento, não estão acompanhando a classe, são agressivos ou muito retraídos. É uma somatória de comportamentos que o professor percebe junto com a dificuldade pedagógica”, enfatiza.

Diagnóstico

A psicóloga ressalta que existem diversos fatores que levam a dificuldade de aprendizagem, mas nem sempre significa que seja um déficit. “Só depois da avaliação será possível dizer que é um déficit ou um problema de outra ordem, podendo ser emocional (por problemas familiares, dificuldades financeiras, a chegada de um irmão) ou até a metodologia utilizada pela escola pode não ser a melhor para aquele aluno. Enfim, existem muitos fatores”.

Silvana explica que após a observação dos problemas acima citados, a escola costuma orientar a família a procurar ajuda profissional de um neurologista ou psicólogo. “Sempre pedimos que venha primeiro para o psicólogo, pois a avaliação do neurologista será através dos dados que os pais informam. Dependendo da forma que se coloca, pode levar a um diagnóstico de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e, às vezes, não se trata disso”, observa, ao demonstrar preocupação com o aumento crianças diagnosticadas com TDAH e, por consequente, fazendo uso de medicamentos controlados. “Não que sejamos contra o uso do medicamento, mas primeiro devem ser feitas todas as tentativas de abordagens”.

Já o diagnóstico feito por um psicólogo considera diversos aspectos da vida daquela criança, por isso, além do relato da família, há visitas à escola da criança, conversas com os professores, observação sobre a classe que ela estuda e ainda, análise com a própria criança e seu histórico. “Faz-se um levantamento completo de quando começaram esses comportamentos, o que aconteceu antes deles, como a criança reagia, como é aquela classe que ela estuda, diversas variantes para poder avaliar o que está acontecendo”, explica.

Com todos esses aspectos considerados, o profissional tem embasamento para apontar o que de fato ocorre com aquela criança e aplicar a terapia adequada, assim como o encaminhamento para o neurologista ou psiquiatra quando necessário.

Tratamento

Com sessões semanais de cerca de 50 minutos, o psicólogo desenvolve um trabalho efetivo não somente com a criança, mas com a família e a escola, evitando que tais dificuldades se cristalizem e se tornem uma barreira para o desenvolvimento daquela criança. “Tenho crianças que fizemos esse trabalho integrado, inclusive diagnosticadas com TDAH, que hoje estão integradas e no ritmo do seu grupo, sem precisar tomar medicamentos”.

O Espaço Original fica na Rua 2970, 420 - Centro - Balneário Camboriú.Telefone: (47) 3367.9015

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