Drug delivery: a técnica que auxilia no depósito de substâncias nas camadas mais profundas da pele
Eletroderme, da Plataforma Solon, é uma radiofrequência microagulhada que, por meio do drug delivery, deposita ingredientes como Vitamina C, Ácido Hialurônico e Ácido Retinóico na pele, eficaz contra rugas, flacidez, cicatrizes, estrias e celulite
Muitos cremes prometem chegar à derme profunda e promover benefícios antienvelhecimento. No entanto, essa capacidade de penetração depende de uma série de circunstâncias e uma sinergia complexa de ativos que tenham afinidade com as camadas da pele. Mas para assegurar a ação dos ativos de forma profunda na pele, o melhor é recorrer à técnica drug delivery, uma espécie de "serviço de entrega" de ingredientes cosméticos. "Essa é uma técnica utilizada para facilitar a entrada e potencializar a penetração de substâncias. Ela pode ser aplicada no rosto, para tratamentos de rugas, cicatrizes e flacidez. Também pode ser aplicada no corpo para combater estrias e celulite; e no couro cabeludo para estimular o crescimento dos fios", explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr, membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia e da American Academy of Dermatology. "O drug delivery reduz o tempo necessário para que o resultado apareça e o número de sessões do tratamento. Esse ‘abrir de portas’ na epiderme pode ser feito principalmente com microagulhamento ou laser", completa.
De acordo com o dermatologista, o microagulhamento consiste em ‘rolinhos’ com diversas agulhas bem curtas. Um dos lançamentos para essa finalidade é Eletroderme, da plataforma Solon. O equipamento é uma radiofrequência microagulhada, com agulhas que ultrapassam a epiderme, emitindo ondas eletromagnéticas apenas nas camadas mais profundas da pele, preservando a superfície. "Isso faz com que a temperatura da derme chegue até a 70ºC, estimulando a produção de colágeno e refazendo as fibras rompidas", afirma.
O dermatologista explica que as substâncias mais usadas em drug delivery são: a Vitamina C (antioxidante), o Ácido Hialurônico (hidratante) e Ácido Retinóico (antiaging) e Biotina, além de substâncias como Silicium P (anti-idade) e Progenitrix, que ajuda na renovação das células. Segundo o Dr. Abdo, a própria ação do Eletroderme provoca o estímulo da regeneração celular por meio do processo de cicatrização, a proliferação de células-tronco e estímulo da síntese de elastina, da neocolagênese (produção de colágeno) e angiogênese (proliferação de vasos sanquíneos). O equipamento pode ser ajustado para atingir temperaturas de 55ºC a 100ºC.
Durante o procedimento, o paciente pode sentir leve aquecimento no local. Para que os resultados sejam satisfatórios, são necessárias, em média, quatro sessões com intervalos mensais, dependendo da resposta de cada paciente e da necessidade da pele (rugas, cicatrizes, estrias, etc), segundo o dermatologista. "O pós-procedimento é tranquilo, a recuperação é muito rápida, bem como o retorno do paciente às atividades. A região, em alguns casos, pode ficar eritematosa e edemaciada. Em 30 dias já é possível ver os primeiros resultados. Os finais aparecem, no geral, após quatro meses", comenta. O procedimento é contraindicado para gestantes e pacientes com tendência à formação de queloide, e não deve ser feito em áreas do corpo com infecções.
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