Dermatologista afirma: gestantes podem se proteger de picadas do mosquito da dengue com repelentes
A população brasileira está unida no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue e de doenças como zika e chikungunya. Mas as atenções estão voltadas para as gestantes, já que estuda-se a relação entre o contágio dessas doenças pelas mães e o nascimento de bebês com microcefalia. Acabar com criadouros do inseto é a prioridade, e uma das mais eficazes formas de se proteger das picadas do mosquito é usar repelentes.
As grávidas, contudo, preocupam-se com a própria saúde e com a do bebê em relação a aplicação desses produtos na pele. O dermatologista Gilvan Alves (CRM 7940) diz que as gestantes podem usar repelentes.
“As mulheres devem utilizar produtos com longa duração na pele. Repelentes recomendados para gestantes são os mesmos para adultos, não havendo diferenciação em função da gravidez. A versão para adultos costuma possuir seis horas de duração, já a infantil apenas duas horas. O ideal é que a grávida fique protegida por mais tempo”, explica o dermatologista, cuja tese de mestrado abordou a pele e a gestação.
O especialista diz que repelentes naturais possuem rápida evaporação e período de proteção muito curto, somente entre 10 e 20 minutos, não sendo considerados, portanto, seguros para gestantes.
“O ideal é que a mulher reaplique o produto uma vez ao dia. Lembrando que o Aedes aegypti tem hábitos diurnos, então o uso do repelente se faz mais necessário durante o dia. Não precisa emplastar a pele com o produto na pele e nem usa-lo em partes que ficam cobertas por roupas. O repelente deve ser o último a ser aplicado. Hidratantes, filtros solares e maquiagem vêm primeiro, o repelente é usado por cima desses produtos”, explica o dermatologista, que acrescenta: “Não se deve colocar repelente nas áreas próximas aos olhos, nariz e boca, pois esse produto pode irritar as mucosas”, finaliza Gilvan Alves.
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