ENGIE Brasil Energia registra Ebitda de R$ 1,7 bi no 3T21
Companhia registra recuperação de R$ 372
milhões relativos à repactuação do risco hidrológico.
04 de novembro
de 2021
Destaques:
- Receita operacional líquida
alcançou R$ 3,4 bilhões no período, 5,6% (R$ 180 milhões) acima do apurado
no 3T20 e 15,1% no acumulado dos últimos nove meses.
- Ebitda soma R$ 1,7 bilhão, alta
de 22,1% (R$ 316 milhões) em relação ao mesmo período do ano passado. O
valor acumulado de nove meses de 2021 chega a R$ 4,9 bilhões.
- Lucro líquido totalizou R$ 639
milhões no trimestre, alta de 30,4% (R$ 149 milhões) em relação ao 3T20,
com acumulado de nove meses de R$ 1,5 bilhão.
- O maior impacto do fator de
ajuste da energia assegurada dos geradores, como consequência da crise
hídrica, afetou negativamente os resultados do trimestre, embora de
maneira limitada devido à gestão ativa do portfólio da Companhia.
- Produção de energia elétrica
nas usinas operadas pela Companhia foi de 5.460 MW médios no 3T21, 1,8%
inferior à produção do 3T20.
- Assinado contrato de compra do
Conjunto Fotovoltaico Assú Sol, localizado no município de Assú, Rio
Grande do Norte, com capacidade instalada total estimada de até 750 MW. A
conclusão da operação ainda requer o fechamento de algumas condições
previstas em contrato.
- Em 18 de outubro, foi assinado
contrato de venda, com a FRAM Capital, da totalidade da participação
societária na controlada Diamante, detentora dos ativos que compõem o
Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, pelo valor de até R$ 325 milhões.
A ENGIE Brasil Energia (EGIE3) registrou
lucro líquido de R$ 639 milhões no terceiro trimestre de 2021, alta de 30,4% em
comparação ao mesmo período do ano passado. O acumulado dos últimos nove meses
foi de R$ 1,5 bilhão. A receita operacional líquida somou R$ 3,4 bilhões no
3T21, resultado 5,6% acima do apurado no mesmo período do ano passado e alta de
15,1% de janeiro a setembro. O Ebitda consolidado atingiu R$ 1,7 bilhão,
crescimento de 22,1% em comparação ao ano anterior. O acumulado do ano chega a
R$ 4,9 bilhões.
Parte dos resultados positivos no
período se deve ao reconhecimento, no 3T21, dos efeitos da Lei 14.182/21, que
possibilitou a recuperação de custos passados de energia, relativos à
repactuação do risco hidrológico, das usinas em que a Companhia detém 100% do
controle, totalizando R$ 372 milhões. “A compensação destes valores é resultado
do esforço conjunto do segmento, o que proporcionará maior estabilidade
regulatória aos geradores”, destacou Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de
Relações com Investidores da ENGIE Brasil Energia. Em breve, também serão
reconhecidos os valores referentes às usinas em que a ENGIE tem participação
acionária, que é o caso das hidrelétricas Itá, Machadinho e Estreito.
A ENGIE Brasil Energia também registrou,
mesmo em meio à maior crise hídrica dos últimos 91 anos, apenas 1,8% de queda
na produção de energia elétrica em comparação ao 3T20. Neste cenário bastante
desafiador, a redução da produção do parque hídrico da Companhia foi de 7,5%.
Já o despacho das usinas termelétricas próprias alcançou aumento de 11,2%. No
segmento de usinas complementares, houve aumento de 20,1% na produção de
energia em relação ao mesmo período do ano passado, devido à entrada em
operação comercial integral da eólica Campo Largo 2.
“Nossa estratégia de diversificação de
portfólio e o apetite por crescimento continuam sendo forças motrizes da nossa
atuação, consolidando a ENGIE Brasil Energia como uma plataforma sólida e
robusta de investimentos no setor. Temos pela frente a perspectiva de uma
abertura de mercado ainda maior, além da desafiadora hidrologia que requer
excelência na gestão de nossos ativos e em nossa estratégia de
comercialização”, destaca o Diretor-Presidente e de Relações com Investidores,
Eduardo Sattamini.
A posição de caixa segue confortável, na
ordem de R$ 4,6 bilhões, e a relação dívida líquida/Ebitda permanece próxima ao
patamar de 2x. A previsão de investimentos para o ano de 2021 é de R$ 3,5
bilhões e no 3T21 os investimentos somavam R$ 881 milhões. Com a aquisição de
Assú Sol, houve uma revisão dos valores previstos para investimento nos anos de
2022 e 2023 para R$ 1,9 e R$ 0,8 bilhão, respectivamente.
Segmento de transmissão de energia
No segmento de transmissão, duas linhas
do Sistema de Transmissão
Gralha Azul foram energizadas em 21 de agosto de 2021,
iniciando a operação do empreendimento, que atingiu 95% de avanço geral no 3T21, possibilitando
o recebimento de 100% da Receita Anual Permitida (RAP) até o final do ano.
No Projeto Novo Estado, houve avanço geral de 89% da implantação das
linhas de transmissão até o final do 3T21 e, embora a previsão de conclusão da
implantação do empreendimento tenha passado para o final do primeiro semestre
de 2022, a energização dos primeiros sistemas que compõem o projeto continua
prevista para o quarto trimestre de 2021, o que possibilitará o recebimento de
cerca de 55% da Receita Anual Permitda (RAP) do empreendimento.
Evolução na geração a partir da fonte
eólica
O
Conjunto Eólico Campo Largo 2 atingiu, em 2 de setembro, 100% de sua capacidade
instalada de 361,2 MW em operação comercial e, no Conjunto Eólico Santo Agostinho,
foram iniciadas as atividades de implantação, que incluem construção de
acessos, escavação das bases dos aerogeradores e a estabelecimento de redes de
Média Tensão e da Subestação Coletora.
Venda dos ativos a carvão e substituição
da capacidade térmica por renovável
Em linha com a estratégia global do
Grupo ENGIE para descarbonização do portfólio com o objetivo de direcionar
investimentos para energia renovável e infraestrutura, a ENGIE Brasil Energia
evoluiu nas negociações de venda dos seus ativos a carvão no Brasil. Como
evento subsequente, em 18 de outubro, ocorreu o fechamento da venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda
para a FRAM Capital. Além disso, a Companhia continua avaliando propostas para
a Usina Termelétrica Pampa
Sul.
Olhando para o futuro, a companhia
também assinou, em setembro, a compra do projeto do Conjunto Fotovoltaico Assú Sol,
localizado no município de Assú (RN), adicionando 750 MW ao pipeline de
projetos em estágio avançado de desenvolvimento, que soma agora 2,2 GW e confirma o
compromisso em atuar na aceleração da transição da matriz elétrica brasileira.
Sobre a ENGIE
A ENGIE é referência
mundial em energia e serviços de baixo carbono. Com nossos 170 mil colaboradores,
clientes, parceiros e stakeholders, estamos comprometidos em acelerar a
transição para um mundo neutro em carbono, através do consumo reduzido de
energia e soluções mais sustentáveis. Inspirados em nosso propósito, nós
conciliamos performance com um impacto positivo sobre as pessoas e o planeta
nos apoiando nas nossas atividades chave (gás, energia renovável e serviços)
para oferecer soluções competitivas aos nossos clientes.
No Brasil, a ENGIE é a
maior empresa privada de energia do País, atuando em geração, comercialização e
transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas. Com
capacidade instalada própria de 10.798MW em 69 usinas, o que representa cerca
de 6% da capacidade nacional, a empresa possui quase 97% de sua capacidade
instalada proveniente de fontes renováveis e com baixas emissões de Gases de
Efeito Estufa (GEE), como usinas hidrelétricas, eólicas, solares e a biomassa.
A ENGIE é também a
detentora da mais extensa malha de transporte de gás natural do país, com 4.500
km, que atravessam 10 estados e 191 municípios, graças à aquisição da TAG,
concluída em 2020.
Além disso, a ENGIE está
entre as maiores empresas em geração fotovoltaica distribuída e possui um
portfólio completo em soluções integradas responsáveis por reduzir custos e
melhorar infraestruturas para empresas e cidades, como eficiência energética,
iluminação pública, monitoramento e gestão de energia. Contando com 3 mil
colaboradores, a ENGIE teve no país em 2020 um faturamento de R$ 13,3 bilhões.
A ENGIE está presente na
B3 por meio de sua empresa de geração e comercialização de energia cujo ticker
é o EGIE3. Na B3, a ENGIE integra o Novo Mercado, além de ser uma das únicas
companhias listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial desde o início do
ISE, em 2005. Em 2021, a B3 incluiu os papeis da ENGIE no Índice Carbono
Eficiente (ICO2), composto pelas ações das empresas participantes do IBrX 100
que possuem maior transparência em relação ao reporte das emissões dos GEE e de
como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
Já o Grupo teve em 2020 uma receita de 55,8 bilhões de Euros e é negociado nas bolsas de Paris e Bruxelas (ENGI), sendo representado nos principais índices financeiros ((CAC 40, Euronext 100, FTSE Eurotop 100, MSCI Europe) e índices não financeiros (DJSI World, DJSI Europe, Euronext Vigeo Eiris – Eurozone 120/Europe 120/France 20, MSCI EMU ESG, MSCI Europe ESG, Euro Stoxx 50 ESG, Stoxx Europe 600 ESG, e Stoxx Global 1800 ESG).
Fonte: ENGIE Brasil Energia registra Ebitda de R$ 1,7 bi no 3T21 - Jornalwebdigital
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