BLACK FRIDAY: COMO, ONDE E O QUE OS CONSUMIDORES VÃO COMPRAR.
Com a Black Friday já despontando no horizonte (este ano ela ocorre no dia 26 de novembro), já surgem alguns dados importantes sobre como deve ser essa data em 2021.
Em um ano marcado por um combate mais efetivo à pandemia e uma economia vacilante que deve ter leve queda no fim do ano, a data serve como um alívio aos comerciantes para “queimar” seus estoques e realizar um grande volume de vendas.
Aos consumidores, por outro lado, a Black Friday surge como uma forma adquirir algo que não conseguiriam normalmente. A população de baixa renda aproveita a data para comprar artigos novos, assim como para fazer a renovação de bens essenciais, como fogão e geladeira, por exemplo.
Com o um título otimista, o estudo “Mais do que uma compra especial: uma oportunidade de driblar a crise” traz diversos indicadores sobre a Black Friday. Ele foi realizado por meio de uma parceria entre as empresas Score e Hibou.
O primeiro destaque é de 45% das pessoas ainda não decidiram se irão comprar algo durante a Black Friday, enquanto 34% disseram que sim e 21% disseram que não. Segundo o próprio estudo, é resultado de uma maior consciência dos consumidores desde o início da pandemia, levando-os a considerar melhor cada gasto que fazem diante da instabilidade econômica. Em função disso, o estudo afirma que o momento pede promoções e ofertas mais atraentes para atrair esses consumidores.
Produtos para a casa em alta
Tendência esperada já que as pessoas estão passando mais tempo nos próprios lares, 35% pretendem gastar com produtos ou serviços voltados para sua casa, sendo que essa resposta só perde para aqueles que responderam que pretendem comprar algo para eles mesmos (81%).
Dentre as outras respostas, destacam-se presentes para os filhos (23%), companheira(o) (16%), pai/mãe (12%), afilhados (3%), irmãos (3%), netos (2%), amigos (1%), instituições de caridade (1%) e outros (3% – incluindo PETs e sobrinhos).
Buscando novidades
A grande maioria dos que vão comprar algo na Black Friday pretendem adquirir um produto que ainda não possuem (58%).
Já 30% querem substituir algo que já possuem por um modelo melhor, outros 30% querem um produto caro que não teriam como comprar em situações normais e 17% querem antecipar as compras de Natal.
Relativo otimismo
Mesmo com poucos motivos para celebrar, a maioria das pessoas acha que a Black Friday será melhor (30%) ou igual (58%) à do ano passado. Apenas 12% acham que vai ser pior.
Dentre esses pessimistas, os motivos que sobressaem para terem uma visão negativa são não acreditarem nas ofertas da Black Friday (43%), não terem dinheiro (23%), quererem economizar (9%) e outros (22%).
Artigos mais visados
Dentre os itens que as pessoas mais buscam na Black Friday deste ano, não há grandes novidades, com eletrodomésticos e eletrônicos no topo da lista.
- Eletrodomésticos (41%)
- Eletrônicos (25%)
- Roupas e acessórios (19%)
- Utilidades domésticas (15%)
- Calçados (14%)
- Perfumes e cosméticos (13%)
- Não sabe (13%)
- Smartphones (10%)
- Alimentos (9%)
- Decoração (8%)
- Móveis (8%)
- Brinquedos (8%)
- Viagem (7%)
- Livros (7%)
- Computador (7%)
- Artigos esportivos (6%)
- Passagem aérea (5%)
- Bebidas alcoólicas (3%)
As prioridades, de acordo com a renda familiar, sofrem variações.
No entanto, determinados itens sempre estão em alta procura, independente da renda da família.
Abaixo de R$ 3 mil
- Eletrodomésticos (39%)
- Eletrônicos (24%)
- Roupas e acessórios (20%)
- Calçados (16%)
- Perfumes e cosméticos (13%)
Entre R$ 3 mil e R$ 6 mil
- Eletrodomésticos (42%)
- Eletrônicos (25%)
- Roupas e Acessórios (20%)
- Utilidades domésticas (14%)
- Calçados (13%)
Entre R$ 6 mil e R$ 10 mil
- Eletrodomésticos (45%)
- Eletrônicos (27%)
- Roupas e Acessórios (21%)
- Utilidades Domésticas (20%)
- Perfumes e cosméticos (17%)
Entre R$ 10 mil e R$ 15 mil
- Eletrodomésticos (42%)
- Eletrônicos (28%)
- Roupas e acessórios (22%)
- Decoração (18%)
- Calçados (17%)
Entre R$ 15 mil e R$ 20 mil
- Perfumes e cosméticos (41%)
- Eletrodomésticos (31%)
- Roupas e acessórios (28%)
- Bebidas alcoólicas (19%)
- Smartphones (16%)
De R$ 20 mil pra cima
- Eletrônicos (44%)
- Eletrodomésticos (44%)
- Brinquedos (33%)
- Viagem (26%)
- Roupas e acessórios (26%)
Preparação para a Black Friday
A maioria das pessoas (52%) anota os preços antes para comparar no dia da Black Friday. Vale lembrar que instituições como o Procon fazem sempre um monitoramento por amostragem, para ver se realmente os descontos são reais.
Outros 24% preparam uma lista do que querem comprar e 17% colocam alertas de preço nos sites dos produtos que visam. Uma pequena parcela (7%) acorda mais cedo para tentar garantir os melhores preços e ofertas. Já 28% não fazem qualquer tipo de preparação.
Uma pequena ajudinha
Para auxiliar na hora da escolha 66% usam sites com comparativos de preços, 37% acessam o site da marca e 25% posts em redes sociais e outros 25% indicações de amigos.
Além disso, 56% compartilham ou recebem promoções da Black Friday com familiares e amigos.
Por que participar da Black Friday?
Dentre os principais motivos para participar da Black Friday, no topo fica o mais óbvio: os descontos (70%).
Abaixo dele, aparecem comparar muitos produtos em promoção (40%), frete grátis (33%) e acesso às marcas caras (15%).
Quanto pretendem tirar da carteira
Em relação ao valor das compras na Black Friday, 50% daqueles que pretendem comprar algo vão gastar mais de R$ 500.
- Até 50 reais (0%)
- De 50 a 150 (6%)
- De 150 a 250 (15%)
- De 250 a 500 (20%)
- De 500 a 1000 (25%)
- Mais de 1000 (25%)
- Não pretende comprar (8%)
Dentre as faixas de rendas familiares, apenas as famílias com renda mensal de até R$ 6 mil pretendem gastar, em média, menos que 500.
No outro extremo, entre as famílias com renda superior a R$ 20 mil, 74% pretendem gastar mais do que R$ 1.000 na Black Friday.
A porcentagem corresponde a mais do que a soma de quem pretende gastar mais de R$ 1 mil nos três primeiros extratos (abaixo de R$ 3 mil, entre R$ 3 mil e R$ 6 mil e de R$ 6 mil a R$ 10 mil), que representam 65% do total das pessoas.
Internet na liderança da Black Friday
Em relação a onde pretende fazer a compra, a internet sobra como principal escolha dos consumidores, em boa parte para evitar as confusões e lojas lotadas que são comuns nesse dia.
75% pretendem comprar pela internet, 22% na loja física, 9% pretende encomendar e depois retirar na loja e 17% ainda não decidiram.
Essa preferência se estende a todas as faixas de renda, com a menor quantidade de pessoas pretendendo comprar na internet entre os mais ricos (renda familiar acima de R$ 20 mil). Neste estrato, 66% pretendem comprar pela internet e 31% pretendem comprar na loja física.
Onde fazer a compra?
Dentre os sites, portais e marketplaces que fazem promoções durante a Black Friday, alguns cativaram de forma mais eficiente os consumidores.
- Sites de redes de varejo de shopping, como Submarino, Amazon (67%)
- Sites de redes de varejo com presença física, como Americanas, Ponto Frio e Fast Shop (64%)
- Mercado Livre (42%)
- Site da marca (30%)
- Site de pequenos lojistas (16%)
- Redes sociais – loja da marca/pessoa (10%)
- Sites de super ou hipermercados (10%)
- Redes sociais – anúncios e posts (8%)
- App de delivery – Rappi, iFood (7%)
- Redes Sociais – grupos (3%)
- Google Shopping (2%)
- Outros (3%)
Fonte: Whow! Inovação
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